Brutalidade Homofóbica: Assassinato de Defensor LGBT Choca o Paraná
- 19/06/2024
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No mês dedicado ao orgulho LGBTIA+, a questão da violência contra essa comunidade volta a ser pauta central, refletindo uma realidade ainda marcada pela intolerância. No último domingo, dia 16 de junho, Oziel Branques dos Santos, de 40 anos, foi tragicamente assassinado a facadas dentro de um ônibus biarticulado em Curitiba. O motivo do crime: Oziel tentou proteger um casal que estava sendo alvo de homofobia. Os agressores, identificados como Vagner do Prato, 41 anos, e um adolescente de 17, foram rapidamente identificados como tio e sobrinho.
Segundo relatos do casal agredido, durante o tumulto, Oziel foi imobilizado por um dos suspeitos enquanto o outro desferia os golpes fatais. Após o crime, os agressores fugiram, mas foram capturados pela polícia em seguida. Na posse do adolescente, as autoridades encontraram uma faca ensanguentada com 20 centímetros de lâmina.
Investigações adicionais revelaram um histórico criminal preocupante de Vagner do Prato, incluindo passagens por roubo, organização criminosa, falsificação de identidade e homicídio anteriormente. Em uma reviravolta perturbadora, suspeita-se que no mesmo dia do assassinato de Oziel, o agressor também teria cometido outro homicídio no centro de Curitiba. Além disso, há a acusação de que Vagner teria assassinado sua própria companheira apenas dez dias antes do incidente no ônibus.
Agravando a situação, Vagner do Prato estava sob monitoramento eletrônico por meio de uma tornozeleira, levantando questões sobre a eficácia desses dispositivos de controle de criminosos. Desde 2019, o Brasil possui legislação que criminaliza a homofobia, enquadrando-a na Lei de Racismo (7716/89), que cobre discriminações por orientação sexual e identidade de gênero.
Apesar desses avanços legais, as estatísticas continuam alarmantes. Segundo dados de uma pesquisa conduzida por uma ONG, a cada 20 horas, um LGBT é vítima de homicídio no país, evidenciando a persistência da LGBTfobia. O Dossiê de LGBTIfobia Letal revelou que em 2023 ocorreram 230 mortes violentas de LGBTs no Brasil, sendo 184 assassinatos, 18 suicídios e 28 por outras causas.
O trágico assassinato de Oziel Branques dos Santos não apenas ilustra uma tragédia individual, mas também serve como um lembrete contundente dos desafios enfrentados pela comunidade LGBT no país. Enquanto os defensores dos direitos humanos e legisladores buscam soluções, episódios como este ressaltam a urgência de medidas mais eficazes contra a intolerância e a violência baseadas na orientação sexual e identidade de gênero.
Por: Duda Aquino
Fonte- G1Paraná RPC Globo
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